Acontece na vida de todos nós:
queremos o melhor para os nossos,
mas nem sempre podemos dar o nosso melhor;
amamos e, às vezes, precisamos que alguém demonstre esse amor por nós.
Neste espaço vamos trocar ideias sobre cuidados especiais - com idosos, enfermos, recém nascidos,
pacientes pós cirúrgicos, pessoas com deficiência, pacientes terminais, portadores de demência,
grávidas de alto risco...
Pois cuidar do outro é, antes de tudo,
a arte de exercer carinho e boa vontade.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Desnutrição nos Idosos: Causas e consequencias

Resenha
A nutrição depende de fatores sócio-econômico culturais, fisiopatológicos, psicológicos e cognitivos. O idoso necessita adaptar seu hábito alimentar a sua nova condição imposta pela idade, ou seja, ele deve se alimentar, não de mesma forma que o fazia quando moço, porém, modificando o seu cardápio para alimentos funcionais, que contenham substâncias com propriedades nutritivas e mesmo terapêuticas e, pouco para alimentos hipercalóricos (chocolates, bolos, refrigerantes, etc).
A terapia contra a desnutrição não passa somente na orientação do que comer, mas sim determinar os possíveis agentes causais dessa desnutrição. Abaixo, estão enumeradas as principais causas que levam a desnutrição no idoso.
1- Alterações gastrointestinais
1.1- Gastrite atrófica, hipocloridria e diminuição do fator intrínseco, que pode ocorrer em 20% dos casos, resultando em má absorção de cálcio, vitamina B12 e ferro
1.2- Fibrose e atrofia das glandulas salivares.
1.3- Perda de dentes.
1.4- Diminuição da atividade da lactase e outras dissacaridases.
1.5- Atrofia de papilas gustatórias.
1.6- Diminuição da sensibilidade de receptores associados ao controle da sede e consequentemente , menor ingestão de água, hipodipsia e desidratação.
1.7- Diminuição de absorção de micronutrientes, em especial do zinco e do cobre.
2- Doenças e outros fatores relacionados
2.1- Diminuição da qualidade de vida com piora da capacidade funcional em geral, o que pode causar dificuldades na aquisição, preparo e consumo de alimentos.
2.2- Depressão associada a anorexia, geralmente relacionada a perda de do conjuge.
2.3- Deterioração da função cognitiva, o que resulta em inabilidade para obter alimento,esquecimento ou incapacidade de se alimentar.
2.4- Doenças gastrointestinais associadas a menor digestão e absorção de alimentos.
2.5- Alcoolismo associado ao isolamento,causando outras deficiências de tiamina, folato e magnésio.
2.6- Caquexia cardíaca e a perda de minerais pelo uso indiscriminado de diuréticos.
2.7- Hospitalizações prolongadas, recebendo ofertas nutricionais inferiores as recomendações estabelecidas.
2.8- Diabete mellitus com má nutrição secundaria a gastroparesia, incontinência fecal e ingestão pobre de nutrientes com as fibras por ex.
2.9- Neoplasias
3- Alterações sócio-econômicas
3.1- A aposentadoria e o declínio da sociabilização do idoso, gerando isolamento e redução de seus rendimentos.
3.2- Declínio da capacidade psicológica,que pode desistimular a ingestão e a preparação dos alimentos.
3.3- A composição familiar pode prejudicar o acesso a aquisição de medimentos e a alimentação, com a distribuição dos rendimentos do idoso para manter despesas diversas da família.
4-Interação droga-nutrientes
4.1- O uso de múltiplos medicamentos podem influenciar a ingestão, a digestão, a absorção, o metabolismo e a excreção de nutrientes.
4.2- Compromentimentos nos requerimentos nutricionais com a competição de minerais entre si com por ex. zinco e ferro, cálcio e ferro.
4.3- Anticoagulantes e antibióticos podem induzir a deficiência de vitamina K
4.4- Resinas ligadoras de colesterol ou óleo mineral podem induzir a má absorção de vitamina A, D, E e K.
4.5- Uso de antiácidos podem diminuir a absorção de ferro, cálcio e vit B 12.
4.6- Barbitúricos, colestiramina, dilantim, trimetoprim e álcool podem resultar em deficiência de folato.
4.7- O uso de colchicina, álcool, neomicina, clindamicina e colestiramina podem acarretar deficiência de vitamina B 12.
4.8- O uso contínuo de isoniazida e hidralazina aumentão as recomendações de piridoxina no idoso.
4.9- O uso de dilantim pode dificultar a hidroxilação hepática de vitamina D
4.10- Dietas ricas em proteínas para pacientes com doença de Parkinson podem diminuir a atividade de agentes dopaminérgicos do tratamento.
Referência:
Marchini JS, Ferriolli E, Moriguti JC – Suporte nutricional ao paciente idoso: Definição, Diagnóstico, Avaliação e Intervenção. Medicina, Ribeirão Preto, 31:54-61 Jan-Mar 1998. [on line]
Fonte: http://www.medicinageriatrica.com.br

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